Com pouco mais de 29 mil votos obtidos na última eleição para prefeito de Eunápolis, Neto Guerrieri está sendo, aos trancos, empurrado para uma possível – e bastante remota – candidatura a deputado estadual no próximo pleito.
Essas conjecturas não passam de frágeis tentativas de costurar uma candidatura por parte daqueles que, à época, não tinham condições de marchar com Robério Oliveira. Entre eles, estavam Paulo Dapé e sua esposa, a ex-prefeita Cordélia Torres; o ex-presidente do Avante, Kaká Resolve, por imposição dos Carletto; o empresário Ramos Filho; entre outros nomes. Essa era a face da oposição!
Mesmo unidos no propósito de derrotar Robério, acabaram sendo derrotados.
É preciso entender que aquele foi um momento. A futura eleição para deputado será outro. A eleição para deputado estadual sempre foi mais livre, com espaço maior para os caciques políticos e para as lideranças locais e regionais.
Para se ter uma ideia, no último pleito para deputado, mais de uma centena de candidatos receberam votos no município de Eunápolis, o que demonstra claramente a pluralidade desse tipo de disputa.
As especulações levantadas pela fragilizada oposição em torno de uma possível candidatura de Guerrieri não devem ganhar força na atmosfera política local.
O então candidato derrotado a prefeito de Eunápolis não possui, hoje, musculatura política para se lançar a deputado. Não reúne lideranças, tampouco conta com os mesmos cabos eleitorais de outrora.
Além disso, uma campanha eleitoral para deputado estadual é bastante onerosa e exige a mobilização de uma estrutura robusta de cabos eleitorais. Nesse aspecto, Neto Guerrieri não demonstra ter vocação.