Bahia, 28 de Março de 2024
POLÍTICA

Às vésperas das eleições, Jackson Domiciano diz o que pensa sobre o PT, Aécio Neves e o futuro
Às vésperas da eleição para presidente, o Brasil vive um momento ímpar de sua história democrática. O eleitor está dividido entre a reeleição da presidenta Dilma.
Por: Jackson Domiciano
24/10/2014 - 14:24:56

Às vésperas da eleição para presidente, o Brasil vive um momento ìmpar de sua história democrática. O eleitor está dividido entre a reeleição da presidenta Dilma e a vitória de Aécio Neves, duas forças que lutam diuturnamente, disputando cada voto de norte a sul do País.

1 – De um lado está Dilma Roussef, apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio, um messiânico de origem pobre, que deu certo como presidente de uma nação destroçada, cheia de vícios, fruto do coronelismo centenário que sob o açoite do chicote submeteu parte dos brasileiros, principalmente no Nordeste.

Como diz Ferreira Gullar em seu poema "João Boa Morte, Um Cabra Marcado Para Morrer". “Morava João nas terras de um coronel muito rico,/tinha mulher e seis filhos,/um cão que chamava "Chico",/um facão de cortar mato,/um chapéu e um tico-tico./Trabalhava noite e dia nas terras do fazendeiro,/ mal dormia, mal comia,/mal recebia dinheiro....”

Ox-presidente Luiz Inácio deu certo naquele momento, quando o mundo entrava de cabeça na globalização, unindo os países, encurtando as fronteiras. Lula teve ideias boas, foi ovacionado e amado perdidamente por seus companheiros e pelo povo pobre, pelos sem terras, pelos descamisados, e ajudou a criar um novo Brasil.

Quando todos pensavam que ele fosse apoiar José Dirceu, Genoino e outros nomes, Lula escolheu Dilma Roussef, uma desconhecida, sem notoriedade política alguma e a enfiou goela abaixo no povo.  Dilma foi um projeto sem lapidação alguma, que o Brasileiro teve que suportar durante quatro anos, fazendo um governo envolvido em dezenas de escândalos. Dilma nunca foi uma estadista. Dona de um discurso pobre, embaralhado, ela diz coisas desconexas e sem razão. E, nesse pensamento ela conduz um dos países mais ricos do mundo, que aos trancos e barrancos vem dando certo, até quando não sabemos.

A presidenta pode se reeleger neste domingo, mas o povo brasileiro não terá a certeza de um Brasil pacificado em todos os sentidos, principalmente economicamente. Para manter o quadro atual, sustentado por um projeto extremamente populista, o Governo intensificou os gastos públicos de tal forma, que seria irresponsável, imaginar que daqui a três meses o povo estará vivendo em harmonia plena, sem aumentos, e sem arrochos de forma geral.

Diante desse cenários, o PT fica sem propostas para governar este País rico e gigantesco, moldando a sua gestão em projetos sociais viciosos, alijando as massas mais pobres de galgar degraus e sair dos programas como o Bolsa Família e outras criações populistas.

  2 – Do outro lado, na disputa presidencial está o candidato Aécio Neves, filho de tradicional família mineira.

Talvez ele não tenha a noção, nem e o conhecimento do sofrimento do povo mais pobre deste Brasil. Ele foi Governador de Minas Gerais entre 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2010, sendo senador pelo mesmo estado.

Natural de Belo Horizonte, é neto do ex-presidente Tancredo Neves, com quem adquiriu suas primeiras experiências políticas. Talvez um lorde, um rico, um elitista. Em 1987, iniciou o seu primeiro mandato como deputado federal pelo estado de Minas Gerais, exercendo o cargo até 2002, totalizando quatro mandatos. Presidiu a Câmara dos Deputados no biênio de 2001-2002, renunciando ao cargo em dezembro de 2002.

Pelo visto, Aécio está preparado para tocar o Brasil pelos próximos quatro anos. Não sabemos se dará certo. Mas, pelo menos, habilita o povo brasileiro às mudanças, livrando-o de um continuísmo populista que perdeu a noção da governabilidade em todos os sentidos.

Seria contribuir para um sistema ditatorial, a aceitar mais quatro anos o governo petista no poder. Até mesmo Lula, que gritou e lutou bravamente nas “Diretas Já”, maltratado e escorraçado pela ditadura, haveria de entender, que o Brasil não deve seguir os passos tortuosos de alguns regimes políticos que nos envergonham.

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