Bahia, 29 de Março de 2024
Por: Matéria postada no Rastro 101
29/07/2015 - 15:45:38

Completando nesta quarta-feira (29), exatamente 1 ano sem respostas nas investigações pela morte de Rielson Lima, na época, prefeito de Itagimirim, familiares e amigos realizaram mais uma caminhada pelas ruas da cidade. Essa já foi a quarta caminhada com a intenção de sensibilizar as autoridades para que tenham mais agilidade sobre o caso.

Quando os manifestantes passavam pela Praça Castro Alves, em frente ao local em que Rielson Lima foi assassinado, a irmã do ex-prefeito, Eliade Lima Câmara, muito emocionada, fez diversas declarações de repúdio ao silêncio das autoridades.  Eliade fez uma observação em que o atual governador da Bahia, Rui Costa, emitiu uma nota pública sobre o fato de um cachorro ter sido morto por um policial no município de Teixeira de Freitas, mas sobre a morte do seu irmão, na época prefeito de um município baiano, nada foi dito, mesmo tendo ele recebido em mãos uma carta de apelo. "Não é justo que um cachorro morra e o governador emita uma nota, mas sobre a morte de uma pessoa, nada é dito. A vida de um cachorro vale mais do que a do meu irmão?", lamentou.

Após a caminhada, que saiu da praça Prado Kelly pouco depois das 9 horas e percorreu algumas ruas da cidade, os manifestantes fecharam a rodovia BR-101 nos dois sentidos, usando pneus velhos. A Polícia Rodoviária estava no local para preservar a segurança das pessoas, e tentou negociar a liberação da rodovia. Eliade informou que as manifestações só chegariam ao fim, após uma ligação do secretário de segurança pública da Bahia, Maurício Barbosa, designando uma equipe de investigadores para trabalhar exclusivamente no caso, juntamente com a delegada Valéria Fonseca, que está à frente das investigações.

De acordo com a irmã do ex-prefeito, a família teve acesso a parte do inquérito policial, onde verificaram que muita coisa que foi passada à imprensa pelas autoridades não fazia sentido. Eliade afirmou que muitas testemunhas e pessoas próximas a Rielson nem chegaram a ser ouvidas, e que o caso não estaria 80% concluído, como afirmou o primeiro advogado no caso.

Eliade declarou, em praça pública, que um de seus irmãos, que é empresário em Porto Seguro, estaria recebendo ameaças de morte. Ele teria justificado para a irmã, através de uma mensagem no celular, o motivo de não participar da caminhada. "Eu não estarei presente pois a polícia interceptou ligações, de bandidos de Itagimirim, contratando pistoleiro para me matar. Mesmo andando com escolta armada, eu fui aconselhado a não ir", descreveu Eliade.

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