A Operação Citrus, deflagrada em Ilhéus, nesta terça-feira, 21, pelo Ministério Público Estadual, policiais militares, contra o vereador Jamil Ocké, e o ex-secretário de Desenvolvimento Social de Ilhéus, Kácio Clay Silva Brandão e outros agentes públicos, que investiga suposto esquema de desvio de recursos de seis secretarias da Prefeitura de Ilhéus, teve repercussão em toda Bahia e pode chegar ao extremo sul. É questão de dias.
Na entrevista coletiva sobre a operação, o promotor de Justiça Frank Monteiro Ferrari disse que os investigadores colheram “muitas provas”. Elas “passarão por análise cuidadosa”.
Enquanto o delegado Evy Paternostro, coordenador da 7ª Coorpin, falava com a imprensa, aproximadamente às 11 horas d eontem, enquanto policiais civis ainda vasculhavam a empresa Andrade Multicompras. A ação também passou pela casa do empresário Enoch Andrade, também. Agentes recolheram documentos no prédio anexo das Secretarias, próximo do Palácio Paranaguá, no Centro. No total, a operação cumpriu vinte e sete mandados de busca e apreensão e outros seis de condução coercitiva, além das prisões.
Ora, senhores. O assunto é grave e pode ter ramificações em outras localidades. Serve também de alerta para que os gestores, ex-gestores, presidentes e ex-presidente de câmaras fiquei atentos.
É do conhecimento público, que grande parte dos ex-prefeitos cometeram atos pouco recomendáveis para administração pública. Existem indícios de que muitos crimes foram praticados escancaradamente com o erário público. Municípios como Itapebi, onde o ex-prefeito se ausentou da prefeitura durante todo mandato. Município como Itagimirim, onde o ex-gestor está sendo acusado pela administração atual de ter desviado grande parte do dinheiro público. E assim por diante.
Portanto, a Operação Citrus é um indício de que outras ações do mesmo porte, podem chegar aos municípios do extremo sul da Bahia, onde os prefeitos jogaram soltos ao longo dos anos, na impunidade e na ganância.
Assista o vídeo abaixo: