A matança de jovens em todos os recantos da Bahia, tendo como exemplo os municípios de Eunápolis Porto Seguro e outros, do extremo sul,  é fato corriqueiro e banal aos olhos da população. É  uma lástima aos olhos dos pais que não conseguem ver seus filhos crescerem, e cotidianamente serem abatidos por bandidos da forma mais impiedosa.

São milhares de meninos e meninas que já perderam a vida, tragados pelo tráfico e outras ações, e que o Estado não tem forças nas investigações, diante dessa matança que cresce de forma indiscriminada. As autoridades já perderam as contas e não tem mais interesses, diante do grande avanço da criminalidade.

Nesta segunda-feira, 23, a psicóloga e pesquisadora Márcia Esteves de Calazans chega a Lauro de Freitas, para a audiência da CPI do Senado que investiga os assassinatos de jovens brasileiros. Márcia é pós-doutoranda em Violência, Democracia e Segurança Cidadã (USP/UFRGS), pesquisadora do Grupo de Pesquisa, Violência e Cidadania (UFRGS) e consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNud). Na ONU, a psicóloga atua em prol do desenvolvimento de política pública nacional de redução das vitimizações e letalidades policiais, o que a tornou responsável pelo projeto 'Vitimização e Letalidades Policiais na Bahia'.

Na audiência da CPI do Assassinato de Jovens, a consultora da ONU vai apresentar dados de uma pesquisa realizada no estado, relativos a 2015. Os trabalhos da CPI são presididos pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA) e têm como relator o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).