A morte da médica Sandra Cedro, vítima de atropelamento, na manhã de sábado, 29, nas proximidades de Eunápolis, quando praticava ciclismo, reacende as discussões sobre a questão da mobilidade urbana nas cidades da região.
Apesar de ter sido uma fatalidade, o atropelamento da médica não foi o primeiro caso envolvendo ciclistas e bicicleteiros nas ruas de Eunápolis. Outros casos, com vítimas fatais já aconteceram no Centro de cidade, para não falar dos diversos acidentes nas rodovias que cortam esta localidade.
Nesta terça-feira, 01 de setembro, a Associação Ciclística de Eunápolis, estará reunindo sua diretoria para elaborar um documento que será entregue ao prefeito Neto Guerrieri e ao Governo do Estado, cobrando projetos para construção de ciclovias, e para a mobilidade urbana de Eunápolis. “Os atropelamentos contra ciclistas são constantes, não somente em Eunápolis. No dia da morte da médica Sandra Cedro, outros dois acidentes acontecerem, um em Itamaraju e outro em Vitória, inclusive com morte. Na cidade de Eunápolis, não temos um metro de ciclovia. Os governantes devem entender que uma bicicleta nas ruas, é um carro e uma moto a menos, e menos poluição”, disse Júnior Pereira, um dos pioneiros do ciclismo em Eunápolis.
Segundo Milton César, diretor da Associação de Ciclismo de Eunápolis, existem hoje, mais de 250 ciclistas e vários grupos de pedal que praticam esse tipo de esporte. “O ciclismo está se multiplicando em Eunápolis. Nós estamos dividindo os espaços com carros e motos. É muito difícil sair do Centro da cidade. Os motoristas não respeitam o ciclista. Quando estamos pedalando nos acostamentos, os veículos passam muito próximos. A Lei determina um metro e meio de distância entre o carros e os ciclistas. Todos devem entender que em cima de uma bicicleta existe uma vida”, completou Milton César.
Mílton César e Júnior Pereira exigem ciclovias